Em Nome Do "Progresso"

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      Enquanto eu estou escrevendo aqui, enquanto eu reclamo de tanta coisa pra estudar, pessoas estão morrendo, desaparecendo de repente, ou lutando contra o que o os nossos soberanos estão impondo, o mais triste para mim é que eu nada posso fazer por essas pessoas, só me resta escrever. Para medirmos o nível de injustiça desse país usarei três exemplos: Pinheirinho, Quilombo Rio dos Macacos, e a Usina de Belo Monte.
     A Comunidade de Pinheirinho em São José dos Campos, com uma área três vezes maior que a do Vaticano, era habitada por no mínimo 6 mil habitantes, a área pertencia a a massa falida Selecta SA, tendo como proprietário Naji Nahas. Os moradores estavam organizados como em qualquer outro bairro, tinham igrejas, associações, escolas, etc. Mas em nome do "progresso" essas famílias foram expulsas de suas casas. No dia 22 de janeiro de 2012 começa a reintegração de posse, de forma violenta, e ao contrário do que diz a imprensa burguesa manipuladora, houveram mortes, humilhações e o povo mais uma vez foi tratado como... não há palavras para dizer, só eles sabem, e garanto eles também não queriam sentir essa sensação indescritível.
      Outro acontecimento que tem tido pouca repercussão fora da Bahia, é a reintegração de posse do Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho-BA. Cerca de 50 famílias vivem e sobrevivem naquela área, produzem, enfim, tiram seu sustento de lá. Mais uma vez em nome do "progresso" essas famílias correm o risco de ser despejadas, estão lá cercadas pela Marinha, PM, a galera toda, vivendo momentos de tensão. Dona Dilma Rousseff esteve na Bahia e ouviu protestos sobre a questão. Inútil, nada mudou, e o clima de insegurança continua.
O Cacique Raoni chora ao saber que Dilma liberou o inicio das construções de Belo Monte.
       Subindo para o Pará, milhares de índios estão prestes a perder o local que os cerca, por causa da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingo. A Barragem terá uma área alagada de 516 km², e Dona Dilma simplesmente disse que a construção não irá atingir terras indígenas, vide. Isso mais uma vez é em nome do "progresso", pois alegam que a usina vai geram emprego para a região, consequentemente desenvolvimento. É o progresso, tá vendo?
      Até quando teremos que morrer, perder nossas casa para que os poderosos continuem a lucrar? Até quando ficaremos em nossas poltronas vendo tudo pela TV, e levantar a mão só para mudar o canal? Se isso é o progresso, sou contra este. A injustiça está aí, rebelemo-nos.
     

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