Preservação sem investimento?




                O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é responsável pela preservação de prédios, ruas, cachoeiras, cidades, enfim, fragmentos de história por ele tombados. Mas não é o que acontece.
Alocarei como exemplo a cidade de Rio de Contas. Com os seus primeiros registros escritos de 1724, é uma das primeiras cidades planejadas do país. Já foi, praticamente, uma capitania inteira, no período colonial. Rica em ouro, foi muito frequentada durante essa época. Foi, inicialmente, um quilombo feito por escravos vindos, provavelmente, de Ilhéus.
                Até hoje, seu centro está preservado tal como ele era há 200 anos. E esse é o problema. Os residentes dessas casas tombadas, raramente conseguem uma autorização pra reforma, o que acaba prejudicando não só os moradores, como também a estrutura e estética da casa. No centro histórico, não se constrói nada com mais de um andar, varandas abertas não são permitidas e portas e janelas têm um padrão a ser seguido. Ok. Concordo plenamente na preservação da cidade de modo que ela permaneça como sempre foi, mas a burocracia que é atribuída aos moradores é excessiva. Certa vez, uma casa que foi pintada de laranja (exagerado, de fato) foi obrigada a trocar de cor por não estar nos padrões exigidos pelo IPHAN.
                Minha indignação é pelo fato do IPHAN querer preservar, mas não fazer nada pra isso. Bem, se faz, eu não vejo ou não é o suficiente. Impedir a modificação de algo implica no investimento em mantê-lo. This is it.

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