Desestereotipando a Bahia

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            Pessoas, pessoas, pessoas: Estoy acá para por em questão os diversos estereótipos que foram propagados em todo o mundo sobre o famoso estado da Bahia. Se você não é Baiano, provavelmente já ouviu falar de nossas belíssimas praias e nosso carnaval singular; mulheres bonitas – piadas racistas, sobre a suposta preguiça nordestina e uma contraditória burrice –, etc. Mas se é natural desse estado, já se indignou bastante com o modo como ele foi estereotipado.

            Quem leu o último post sobre a talvez sulista e claramente pseudo-intelectual, viu um bom exemplo de estereótipo, e o mais comum: O de que a Bahia é inútil. Chamar a Bahia de inútil é chamar o sexto lugar do país em pecuária bovina e quarto em mineração de inútil. Dizer que um PIB razoável, um polo turístico e industrial, não serve pra nada. Mas, não vou ficar aqui puxando o saco do estado. Afinal, como em todo o Brasil, a educação está trágica, a violência com índices absurdos, e, como se sabe, são recorrentes as greves – mas, como disse: problemas vistos diversos pontos do país. Em suma, o brasileiro tinha era que tomar vergonha na cara e aprender a votar, não ficar procurando inutilidade em estados alheios ou fazendo declarações preconceituosas em redes sociais.
            Próximo: Painho, o estado não se resume a capital. Se a Bahia fosse apenas Salvador, o nome seria Salvador, e não Bahia, não acha? Para aqueles que vivem achando que isto aqui se resume a praias, meus pêsames, seu bom senso morreu, ou você nunca viu um mapa. Caso ache que aqui só escutamos axé, ou pagode, pare de assistir tanto a rede globo e lembre-se que temos uma mídia livre e global chamada Internet.  Tem muito universitário baiano por aí que entende de rock como poucos no resto do Brasil. Outros assustadoramente ecléticos.


(Clique na imagem para ver em tamanho maior)

            O racismo, para os que insistem em permanecer na ignorância, também é um problema geral, e tão estúpido quanto quem se deixa afetar por tal pensamento. Afinal, ver inferioridade na cultura afrodescendente, e na permanência dela no estado, é desprezar tudo que ela pode trazer de interessante em troca de uma ideologia inútil. E, claro, não entender absolutamente porra nenhuma sobre a formação cultural e econômica do país. Em outras palavras, vivo em um estado como qualquer outro: Com suas belezas, suas facilidades e sua fama, mas que, por outro lado, sofre com desemprego, má educação e violência. Oras, preguiçoso é você, que antes de julgar meus conterrâneos nem se quer leu um pouquinho. Trágico, afinal.

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