O Jovem E A Política

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      Antes quero dar a Marcos Oliveira seus devidos créditos, a inspiração dele me fez vir até aqui para escrever isso. Na aula a professora diz: "Os jovens não se interessam por política como antigamente." Ele fala: "Mas eles não tem incentivo." Compartilho dessa ideia e acrescento outros fatores, destacando o papel fundamental do jovem na política.
      Quando falamos de Política para a maioria das pessoas, logo vem em mente a Política partidária, consequentemente corrupção e suas ramificações. Isso realmente desanimaria qualquer pessoa em relação a política. Porém nós esquecemos que TUDO é política. Há uma política em sua casa, onde você estuda, e obviamente nas sociedades, onde há todo um processo de luta. Talvez seja aí que eu quero chegar, na Luta Social, a luta que realmente tem uma índole de mudança.
      Se seguirmos a lógica, o jovem estaria muito apto a participar dessa política. Temos a consciência de vida, o que uma criança não tem. Temos tempo, pois por mais responsabilidades que tenhamos, nada são comparadas as de uma pessoa que sustenta uma família, por exemplo. Nós temos também disposição, tanto física quanto mental, o que os idosos em geral não tem. Nós estamos na faixa etária ideal para ingressar na política. Mas não é isso que acontece, a participação do jovem na política é mínima e como a professora citada no começo diz, "Os jovens não se interessam como antigamente."
      Mas por que?
      Como Marcos diz, não temos incentivo, incentivo das próprias personalidade politicas - eu diria do próprio estado - nas escolas por exemplo. O mínimo investimento que há é inútil, pois os próprios professores não se interessam em gerar interesse nos alunos. Mas o investimento nas escolas resolveria o problema?
      O governo só poderia investir nisso financeiramente se capacitasse profissionais para essa área ou se direcionasse material informativo para as escolas. Isso resolveria o problema estrutural da coisa. Não o ideológico, que concerne ao interesse dos cidadãos adolescentes.
A menos que, essa capacitação profissional envolvesse incentivo. Assim, seria necessário conhecimentos básicos de psicologia e etc. E, convenhamos, é um investimento utópico." Marcos Oliveira
      O jovem para se interessar por política, precisa de Formação Política, (pareceu óbvio mas não é) e o Estado além de não proporcionar essa formação, nos impede (não de forma explícita) de buscá-la por conta própria, usando alguns artifícios como redes sociais, programas de TV, coisas que não só não acrescentam nada em nossas vidas, desviam a atenção de outras importantes.
      Essas são só mais algumas evidências que nos fazem acreditar que o Estado não quer nossa formação, já que estamos na faixa etária ideal, temos características revolucionárias (ou deveríamos ter), seríamos um meio muito forte de mudança. O problema é explícito, nós o compreendemos, pior, nós vivemos ele e algo nos impede de tomar uma providência, de fazer a tal mudança. Não, a mudança não é interessante para quem domina o Estado, por isso manipula-se qualquer meio de fazê-la.

1 comentários:

  1. A própria juventude é uma invenção social recente. Coisa da segunda metade do século XX. O que é ser jovem? Claro que não podemos esperar as mesmas atitudes dos jovens dos anos 1960 da juventude de hoje. Acho que uma pergunta pertinente é: como fazer política hoje? Que é uma questão para todas as idades.

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